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Nesta última terça-feira (25/set), uma cena incomum chamou a atenção de quem trafegava pelos arredores do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. No pátio do aeroporto, repousava o imponente Antonov 124, o segundo maior avião cargueiro do mundo, com sua peculiar porta de proa aberta.
As fotos do pouso em Porto Alegre movimentaram as redes sociais e despontaram em alguns dos principais portais de notícias do Rio Grande do Sul durante a terça-feira. Afinal, além da grandiosidade, o Antonov 124 trazia a bordo uma carga de valor estratégico para a economia do Rio Grande do Sul: um conjunto de painéis que atenderão a uma parada de manutenção na planta “Guaíba 2” da CMPC – Celulose Riograndense. Ao todo, a carga pesava 30,4 toneladas.
O detalhe é que uma empresa gaúcha, associada à RS Óleo, Gás & Energia, exerceu um papel fundamental entre os vários intervenientes dessa operação e os órgãos fiscalizadores. Trata-se do Bielog Group, empresa especializada em soluções de comércio internacional. Todas as cargas que a CMPC está importando para realizar a parada de manutenção da planta “Guaíba 2” contam com os serviços de Desembaraços Aduaneiros do Bielog Group junto à Receita Federal do Brasil e demais órgãos anuentes federais e estaduais.
Segundo Magali Freiberger, diretora administrativa do Bielog Group, este foi o terceiro embarque destinado à parada de manutenção da CMPC. Outros três deverão ocorrer até a primeira semana de outubro – todos com o apoio aduaneiro do Bielog Group.
Os dois primeiros embarques tinham cargas ainda maiores, de quase 60 toneladas, mas foram realizados no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). “De lá, eles seguiram em Trânsito Aduaneiro Rodoviário (TC-4) para conclusão de trânsito e desembaraço aduaneiro pela Receita Federal de Porto Alegre”, explica Magali.
Já o sexto e último embarque será o mais crítico. Com ele, a CMPC poderá garantir a data-alvo (que é 11/novembro) para retomar as atividades da “Guaíba 2”. A planta está inoperante desde o último dia 08/agosto.
Segundo Magali, cargas com esse tamanho e volume costumam ser transportadas por via marítima, cujo custo é significativamente menor. Mesmo assim, a CMPC optou pelo transporte aéreo como forma de acelerar o processo, já que tem pressa para retomar as operações da planta. Em média, a CMPC responde por 30% das exportações gaúchas de celulose.
Por Andreas Müller | Comunicação - RS Óleo, Gás & Energia
Fonte: Magali Freiberger