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Pontos principais
O governo do Estado está empenhado em criar um ambiente propício ao desenvolvimento econômico, e parte desse esforço passa pela criação de mecanismos que estimulem as grandes empresas a adquirir produtos e serviços de fornecedores locais – entre eles, os do setor de Óleo e Gás. Quem garante é Fábio Branco, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, que nesta segunda-feira (23/mar) esteve reunido com os associados da RS Óleo e Gás durante o “Workshop de Oportunidades”, realizado na sede do Tecnopuc, em Porto Alegre.
Foram quase duas horas em que Branco falou sobre os desafios do governo estadual e respondeu perguntas dos associados presentes. Prefeito de Rio Grande em duas ocasiões (2001-2004 e 2009-2012), ele fez questão de destacar que está atento às necessidades e desafios do setor de Óleo e Gás. Reconheceu que o momento é de cautela, devido à crise de credibilidade que afeta a Petrobras, mas garantiu que está otimista. “Precisamos continuar atentos às oportunidades e atendê-las. Caso contrário, outras empresas vão vir de fora e fazer isso no nosso lugar”, destacou. Para ele, a situação deve começar a melhorar tão logo a Petrobras divulgar seu balanço auditado de 2014.
Acompanhado de Suzana Sperry, coordenadora executiva da Rede Petro, Branco explicou que o governo está estudando mecanismos que ajudem a fortalecer as empresas gaúchas. Um dos objetivos é institucionalizar o programa Desenvolve RS, criado para ampliar a participação das empresas locais em novos empreendimentos e investimentos que chegam ao Estado. Atualmente, o caso mais bem-sucedido de aplicação do programa está nas obras de expansão da fábrica da Celulose Riograndense, em Guaíba – cujas aquisições de conteúdo estadual já passam de R$ 2,3 bilhões. Agora, Branco pretende estabelecer uma cultura de valorização dos fornecedores gaúchos. “Tudo que acontece no lá [no Desenvolve RS] será uma política de Estado, institucionalizada”, garantiu.
O secretário enfatizou que não pode (e nem vai) criar reservas de mercado. A ideia, diz ele, é apenas estimular e, talvez, conceder benefícios extras às empresas que adotarem certos patamares de conteúdo estadual. “Não vamos regrar o mercado, mas queremos dar oportunidade para aqueles que têm capacidade técnica e financeira de dar preferência à contratação dessas empresas”, explica. A Sala do Investidor está sendo qualificada para dar apoio a esse esforço, contando com metas e indicadores objetivos. E os resultados já estão aparecendo. “Já estamos trabalhando em um projeto que foi ganho pela Tractebel em Candiota. Outro projeto estruturante é a planta de regaseificação, junto com um gasoduto que sairá de Rio Grande até o Polo Petroquímico, nesse novo modelo”, adiantou Branco.
por Agência Reública