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Prateleiras vazias, filas quilométricas e uma total incerteza do dia seguinte! Esse foi o cenário no ápice dos dias tensos que o Brasil viveu no final de maio e que são rotina no vizinho país chamado Venezuela. Literalmente ficou provado que "sem caminhão o Brasil para", mostrando o alto custo que a categoria paga para trabalhar, com combustível caro, IPVA, seguro, pedágios e as péssimas condições das estradas e o roubo de carga. Os caminhoneiros não foram ouvidos pelos nossos governantes, que se recusam a cortar na carne o alto custo de uma máquina pública paquidérmica. Desta vez, no entanto, perderam a queda de braço diante de uma paralisação de proporções gigantescas e em nível nacional. Por fim as coisas se encaminham para a normalidade e a União terá um baque na arrecadação, com o Ministério da Fazenda lamentando os bilhões que deixarão de ser arrecadado com a redução de impostos. Mas em nenhum momento o governo fala em reparar os prejuízos que os brasileiros tiveram com esse evento, em especial as empresas que atuam com perecíveis e viram boa parte de sua produção se perder nesse confronto. Ainda vivemos um momento recessivo onde principalmente os pequenos negócios andam no fio da navalha e a perda de um terço do mês sem produção pode significar o fim das atividades. Então, fica uma reflexão quem vai pagar essa conta?
Estevão Leuck
Empresário
Expresitente associação RS Óleo, Gás & Energia
Fonte: Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/opiniao/2018/07/638553-momento-venezuela.html)