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Por que uma empresa precisa de líderes? As respostas costumam variar conforme as nossas experiências: para uns, líderes servem para preservar a cultura e os valores do negócio; para outros, eles são necessários para que a equipe saia da zona de conforto. No dia a dia corporativo, é possível que todas as alternativas estejam corretas. Mas para o trainer e mentor em liderança Ricardo Mallet, que dirige a consultoria Unani.Me, todas as justificativas podem ser resumidas a uma só.
“A empresa precisa de líderes porque o ser humano é essencialmente egoísta”, explicou ele, durante a palestra principal do Workshop de Oportunidades da RS Óleo, Gás & Energia, realizado em parceria com o Sebrae/RS na última segunda-feira (27/mar), na sede do Tecnopuc. Com o tema “Fazer Mais com Menos: a Estratégia de 2017”, a palestra mostrou como planejar e otimizar processos para gerar resultados financeiros melhores e duradouros.
Segundo Mallet, o ser humano tem uma tendência inescapável – a de buscar a autopreservação, valorizando seus interesses individuais. Nesse contexto, conseguir estabelecer um clima de cooperação nas equipes de trabalho é um grande desafio. É aí que entra o líder: cabe a ele criar um propósito que inspire para a convergência de propósitos e a coesão de ações. Sem isso, a empresa perde um fator-chave para o sucesso: a capacidade de execução.
“Uma empresa pode ter as melhores ideias. Mas nenhuma ideia gera resultados sem uma boa execução”, sustenta Mallet. Com uma liderança eficaz, é possível não apenas aprimorar a capacidade de fazer acontecer, mas também fazer mais com menos – isto é, melhorar a produtividade e o aproveitamento de recursos à disposição da empresa. “O desempenho das pessoas é o que mais impacta nos resultados. Mas ele só acontece quando as pessoas realmente querem se engajar. E engajamento não se compra”, garante Mallet.
Mas afinal, o que é necessário para que as pessoas escolham se engajar? Apresentando dados da Pesquisa Q12, realizada pelo Instituto Gallup, Mallet explicou que a resposta não está nos salários, nem no ambiente de trabalho, tampouco na relevância da empresa propriamente dita. “O que mais impacta no engajamento de uma pessoa é ter uma boa relação com seu líder”, apontou o diretor da Unani.Me. Em média, acrescentou, 70% da variação da escolha de uma pessoa é diretamente impactada pela liderança da empresa.
A pesquisa do Gallup também mostrou que empresas com funcionários engajados têm:
• 37% menos absenteísmo
• 65% menos rotatividade
• 21% de ganhos na produtividade
• 22% de aumento na lucratividade
A conclusão? “Somente com uma boa liderança é possível fazer mais com menos”, enfatizou Ricardo Mallet, ao final de sua apresentação (baixe o material de apoio na íntegra).
Durante a palestra, Mallet também apresentou métodos para aprimorar as capacidades de execução nas empresas e viabilizar, assim, o ideal de “fazer mais com menos”. Inspirados na obra dos gurus corporativos Ram Charam e Larry Bossidy, os métodos de Mallet contemplam as quatro etapas do PDCA e estabelecem processos claros e simples para ampliar o poder de “fazer acontecer” nas organizações.
Por Andreas Müller | República - Agência de Conteúdo