Tweet |
Em outubro, a RS Óleo, Gás & Energia e o Sebrae/RS promoveram o Painel Energias Inteligentes, com o objetivo de apresentar os cenários, oportunidades e desafios do setor. Representantes de mais de 60 empresas gaúchas, além de estudantes e pesquisadores marcaram presença no evento, que ocorreu no auditório do Global Tecnopuc – novo espaço do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS voltado à discussão de ideais entre empresas, instituições públicas e universidades.
O encontro foi promovido no âmbito do programa Energia Mais, do Sebrae/RS, que visa aproximar investidores e empresas conveniadas. “É importante que pequenas empresas conheçam e conectem-se às energias inteligentes e, com isso, obtenham lucro de forma eficiente”, diz o gestor de projetos do Energia Mais, Cleverton Paranhos.
Um desses exemplos é a tecnologia smart grid, uma rede elétrica mais econômica, segura e eficaz. Com a smart grid, consumidores poderão consultar seu consumo de energia diariamente através de medidores inteligentes, sem precisar esperar a conta de luz no fim do mês. A rede permite, ainda, abastecer carros elétricos e é, por isso, uma das soluções mais inovadoras criadas até o momento.
Painelista no evento, o coordenador do Laboratório de Eficiência Energética (LABEE) e do Centro de Demonstração em Energias Renováveis (CEDER) da PUCRS, Odilon Duarte, aposta no Brasil como um futuro polo de redes inteligentes. Segundo o pesquisador, apostar na eficiência energética gera mais resultados do que simplesmente ampliar a estrutura de geração de energia. “A melhor politica é a redução com eficiência, que gera emprego e tem menor impacto ambiental”, resumiu.
Mas há desafios no caminho. De acordo com o gestor executivo da EDP S.A, Diogo Angelo Stradioto, o mercado brasileiro ainda enfrenta dificuldades para adquirir tecnologia. “O país se nega a pagar mais caro”, afirma. Equipamentos eficientes custam, em média, R$ 200 mil a mais que os tradicionais. Para que as empresas brasileiras decolem na utilização de energias inteligentes no Brasil, diz ele, é preciso buscar referência como os Estados Unidos e a Alemanha – que estão na vanguarda da eficiência energética e tecnológica.
Por Fernanda La Cruz | República - Agência de Conteúdo