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[29.07.2016] 19h45m / Por João Montenegro
O presidente da Statoil no Brasil, Päl Eitrheim, afirmou que a petroleira tem bastante interesse em adquirir a extensão não contratada de Carcará, no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos. A petroleira anunciou nesta sexta-feira (29/7) que comprará a participação de 66% da Petrobras no ativo, passando a ser operadora da concessão.
“Estamos interessados e vamos o seguir os desenvolvimentos bem de perto; estamos esperando para analisar os termos e condições da próxima rodada (em 2017). Certamente temos a intenção de avaliar a área contígua ao bloco”, disse o executivo em entrevista à Brasil Energia Petróleo.
Para ele, a entrada em Carcará dará acesso a uma base de recursos ampla e comercialmente atrativa. “É uma das maiores descobertas em anos recentes”, assinalou.
A expectativa é que a transação seja aprovada até o final deste ano ou início de 2017. Quando isso acontecer, a nova operadora ainda terá que perfurar mais um poço e realizar um TLD, antes de declarar a comercialidade da descoberta o que, segundo Eitrheim, deve acontecer em 2018.
O executivo disse que ainda é cedo para pensar sobre como será o sistema de produção e escoamento de gás na área – a Petrobras tinha planos para instalar um FPSO de 150 mil barris/dia e um gasoduto até Mexilhão. “Há áreas que se estendem além da concessão; precisamos conhecer melhor a região checar a um conceito de desenvolvimento”, explicou.
A Statoil já tem experiências anteriores em formações de pré-sal, como em Angola e no bloco BM-C-33, da Bacia de Campos, onde deve se tornar operadora ainda neste trimestre, conforme acordo feito com a atual operadora Repsol-Sinopec.
No primeiro trimestre, a petroleira começou a executar a fase 2 de Peregrino, na Bacia de Campos, que prevê a instalação de uma plataforma fixa e a perfuração de 22 poços. Para o ano que vem, uma das metas é iniciar atividades de perfuração na Bacia do Espírito Santo, onde opera quatro blocos exploratórios.
Eitrheim disse estar entusiasmado com as discussões em curso entre a indústria e autoridades para melhorar o ambiente regulatório e de investimentos. “As discussões sobre a operação única, a clareza sobre as regras de unitização, o compromisso de realizar uma nova próxima rodada, mudanças na política de conteúdo local: tudo isso é muito importante para destravar o setor”, afirmou.
Clipping de estratégias de mercado da diretoria da RS Óleo,Gás & Energia
Fonte: http://brasilenergiaog.editorabrasilenergia.com © Editora Brasil Energia
Foto: internet/divulgação