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"O etanol salvou a pátria brasileira em 2015". Foi assim que nesta quinta-feira (23/6) o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, sintetizou o desempenho do biocombustível no país, diante da retração nas vendas de outros produtos. Ao contrário da gasolina e do óleo diesel, que tiveram quedas de 7,3% e 4,7%, respectivamente, as vendas de etanol subiram 37,7% na comparação com 2014.
Foram vendidos 41,1 bilhões de litros de gasolina, 57,2 bilhões de litros de diesel e 17,9 bilhões de litros de etanol no ano passado. Esse foi o primeiro resultado negativo da gasolina nos últimos cinco anos, período em que vinha registrando recordes consecutivos.
Para o etanol hidratado, a reviravolta veio justamente no ano em que o programa Proálcool completou 40 anos de existência. O resultado positivo, no entanto, foi atribuído mais à perda de competitividade da gasolina do que propriamente a avanços no setor sucroenergético.
Os combustíveis fósseis ficaram mais caros em 2015, devido ao reajuste das alíquotas de PIS/Cofins e da volta da Cide. Mas não só as medidas do governo federal atrapalharam a vida da revenda, outras mudanças estaduais também incentivaram os consumidores a trocar a gasolina pelo etanol, como a redução da alíquota do etanol de 18% para 14% feita pelo governo de Minas Gerais.
Além disso, a expectativa para 2016 não é melhor. "A revenda de combustíveis é diretamente atrelada ao PIB. Quando o Brasil cresceu 3%, o setor cresceu 9%, três vezes mais. Agora, como tivemos uma queda da ordem de 3,5%, acredito que teremos uma retração de quase 10%", de acordo com Soares.
O presidente da Fecombustíveis e outros representantes do setor estiveram presentes hoje no evento de lançamento do Relatório Anual da Revenda de Combustíveis 2016, realizado no Rio de Janeiro (RJ).
Clipping de estratégias de mercado da diretoria da RS Óleo,Gás & Energia
Fonte: http://brasilenergiaog.editorabrasilenergia.com © Editora Brasil Energia
Foto: internet/divulgação
[23.06.2016] 20h54m / Por Carolina Lapa